quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

So long 2008!

Well, I guess it's only appropriate for me to say something about this year that is about to end.

In 2008 I've been trough some of the worst times of my life... At least while the 12th grade lasted. But I've written enough in this blog about the misery and pain of those times.

I think it would be good to remember the great things that happened this year:

  • I wrote what I consider to be my best book untill now;
  • The prom;
  • Me and Inês started talking again;
  • I finished highschool;
  • I wrote a lot;
  • I read a lot;
  • I went to University;
  • I (sort of) move out of my parents house;
  • I went to Coimbra to study "Archaelogy and History";
  • I met really great and amazing people;
That's pretty much it, but, if we do the Math, it was an ass kicking year and lots of things changed for the best!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Like Eating Glass

Carlos conduzia rápida mas cuidadosamente quando o seu telemóvel tocou. Como sempre, hesitou entre atender ou não, mas, ao pegar no telemóvel e ver o nome Constança aparecer no visor, decidiu-se pela primeira opção.

- Estou?

- Onde estás?

- Estou quase a chegar, mais uns dez minutos e devo passar o cruzamento.

- Sabes, sou mais louca do que tu pensas…

- O quê?

- Sou até mais louca do que eu própria pensava. Quer dizer… eu acho que sempre soube mas tentava negar o quão doida sou…

- Constança, mas que raio se passa?

- Nunca te contei mas… Às vezes acontece-me começar a imaginar coisas, cenários e acontecimentos dentro da minha mente, e essas fantasias chegam a ser tão reais que surgem no meu cérebro vindas do nada e não paro de as imaginar durante dias ou mesmo meses…

- Ó, ó, ó, Constança! Sinceramente, achas que…

- Ultimamente tenho andado a imaginar que tu me vens visitar e tens um grande acidente no caminho…

- Deus nos livre, rapariga! É só por isso que estás assim? Estás preocupada porque achas que vou ter um acidente?

- Não te rias… Sei que estás a sorrir, estás a usar a tua voz “politicamente correcta” e aposto a minha vida em como estás a fazer o teu sorriso “politicamente correcto”. Ouve-me até ao fim… Depois do acidente, ficas em estado crítico e levam-te para o Hospital, encontram a minha morada entre as tuas coisas, descobrem o meu número, telefonam-me e explicam-me o que aconteceu. Eu vou a correr para lá, obviamente, e encontro-te, moribundo, numa maca do Hospital. Sabes como odeio tudo o que tem a ver com hospícios… Mesmo assim, salto para cima da maca, perdida em lágrimas, e tento abraçar-te. Tu dizes-me “Não era este tipo de visita que querias cá, pois não?” e ris-te. Eu peço-te para não falares, para tentares descansar e tu dizes “Há pessoas tão imbecis que só confessam o que sentem quando sabem que estão perto do fim”. Eu garanto-te que não estás perto do fim e tu pedes-me que não te minta porque sempre fui aquela que te dizia a dura verdade. Eu choro mais e abraço-te com mais força e tu ficas ainda mais ciente de que a morte se aproxima. Depois dizes “Eu sempre gostei de ti, mais do que tu podes pensar…” e morres, deixando-me ali, mais só e desesperada que nunca.

- Ouve… Eu percebo que isso te ande a perturbar, mas tens de perceber que todo o conteúdo desse sonho, ou fantasia, ou como quiseres chamar-lhe é patético. Para além disso, não passa de um produto da tua imaginação.

- Hum… Essa é a parte de ti que sempre desprezei acima de todas as partes menos boas que tento ignorar por seres tão meu amigo, o facto de não dares importância nenhuma à imaginação e não compreenderes porque é tão importante para mim.

- Constança… Por amor de Deus…

- Não, Carlos, deixa-me falar! Tenho de falar agora, tenho de arrancar as palavras que estão presas dentro de mim como se fossem pedaços de vidro que tivesse engolido de que cada vez que neguei a verdade. Realmente, há pessoas tão imbecis que só confessam o que sentem quando sabem que estão perto do fim.

- Constança…

- Sabes, eu sempre gostei de ti. Muito, muito mais do que tu podes pensar…

Ao ver o carro de Carlos aproximar-se do cruzamento, Constança avançou com o seu próprio carro, posicionando-o minuciosamente, de modo a que ele não pudesse evitar embater contra ela.

sábado, 27 de dezembro de 2008

O Voo de Anita

Tudo o que Anita queria era um momento puro e completo de total felicidade, um momento de recompensa por tudo quanto já tinha sofrido e, de repente, conseguiu tudo aquilo por que ansiava e muito mais.

As asas que construira com as farripas dos seus sonhos e que unira com a argamassa feita do sangue e das lágrimas que derramara durante a sua vida permitiram-lhe que voasse e fosse mais alto do que nunca.

Quando chegou à colina da recompensa por que sempre ansiara, explodiu num misto de êxtase e incredulidade ao ser invadida pela Felicidade e deixou a sua alma planar livremente por entre as despreocupações.

Depois, durante um breve momento que pareceu uma eternidade numa câmara de tortura mais horripilante do que tudo aquilo por que já passara, sentiu que aquele contentamento permanente não fazia sentido e ficou imóvel e aterrorizada até que a sua companheira de longa data, a Mágoa, veio prestar-lhe uma visita, trazendo consigo a Melancolia e a Dormência.

Sentiam saudades de Anita e sabiam que, por baixo da ilusão da Felicidade e da Paz, existia um buraco negro que crescia dentro da sua alma, um espaço vazio que aumentava sem a presença daquela tristeza inerente à sua existência.

Ela voltou a sentir o peso da sua cabeça e deixou-a cair sobre as mãos, enquanto voltava a ouvir o seu coração a bater com o ritmo forte de uma possante bateria, como se as suas entranhas cantassem uma música triste, como se cada tendão do seu corpo fosse a corda de uma guitarra que gemia em sofrimento. Sentiu os seus olhos humedecerem doce e fecundamente, como um rio se liberta por detrás de uma represa. Desprendeu-se deles uma única lágrima, cristalina como a água da nascente mais pura.

Bastou uma lágrima. Uma singela lágrima fez o seu cérebro confundir e emaranhar os milhões de ideias que surgiram dentro de si.

Anita levantou a cabeça e limitou-se a sorrir, sentindo-se de novo ela própria, mostrando o seu sorriso à Mágoa, à Melancolia e à Dormência, dando-lhes assim permissão para se voltarem a unir a ela. Em seguida, ergueu-se determinadamente e, lançando um último olhar à Felicidade, murmurou:

- A verdade é que tu não me completas, não me basta ser só feliz, preciso da minha dor…

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

sábado, 27 de setembro de 2008

COIMBRA FUCKING RULES!

"Nós somos de Letras, na academia somos maiorais e, na hora do engate, é das de Letras que eles gostam mais, mais, mais!!"

terça-feira, 26 de agosto de 2008


Crash Test Dummies Lyrics
Superman's Song Lyrics

É extenuante não perceber o que ainda faço aqui.

É cansativo sair e caminhar por esta cidade já tão vista e vivida por mim, ir aos mesmos cafés, sentar-me nas mesmas cadeiras e ver as mesmas pessoas constantemente lá sentadas.

Vejo os bêbedos do Café do Ernesto a jogarem às cartas, as velhotas a maldizer no Samambaia, os jovens adultos a conspirar no Coala, os decadentes de meia-idade no Café do Zé a tentarem aproveitar aquilo que ainda lhes resta e lhes dá prazer, as miúdas oferecidas e os rapazes presunçosos a mostrarem-se à sociedade no Algodeia, os alternativos e os “miúdos da cena” a falarem de música no Pessoa

Vejo esta gente pergunto-me onde me levará a vida? Onde estaremos nós, eu e os meus amigos e as pessoas que observo agora? O mais provável é que venhamos a substituir os habituais frequentadores do Ernesto ou do … Vamos estar nas esplanadas da cidade onde tantos dos nossos sonhos e planos foram gritados aos quatro ventos, e vamos beber e fumar e jogar às cartas como se não houvesse amanhã… Porque, afinal, haverá amanhã para àqueles pobres diabos?

O que os espera? Alguns têm uma casa onde moram sozinhos por não ter quem lhes faça companhia, outros têm mulheres que já não suportam e que não os compreendem, outros têm filhos que os ignoram ou os exploram… Todos eles têm um grande nada à sua espera. Um nada feito de sonhos desfeitos, de tentativas falhadas, de ambições frustradas, oportunidades que não foram aproveitadas ou que tiveram um mau resultado…

No seu futuro já não existem arqueólogos destemidos, políticos cativantes, psicólogos empreendedores, escritores laureados, advogados imbatíveis, humanitários dedicados, realizadores galardoados… Apenas existem passageiros que perderam o comboio para a Terra-da-Auto-Realização e que já não conhecem mais nenhum prazer para além de uma fresca e revigorante cerveja, de um reconfortante e quente cigarro, de um simples e infantil jogo…

Eu ainda acredito! Mesmo que tudo não passe de uma ilusão absurda, acredito que conseguiremos participar na viagem de onde tantos saíram a meio, desencantados e desalmados.

Eu ainda tenho o futuro…. Ele arde dentro de mim fazendo-me ficar febril de tanto desejo de ir mais além.

Por isso pergunto à noite, quando acordo quase todas as madrugadas às quatro horas e me sento de súbito na cama “O que é que ainda faço aqui?”.

É cansativo dormir quando se sonha de mais.

É extenuante ter insónias quando se pensa demasiado.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Tinha saudades tuas, nostalgia, saudades deste entorpecimento nos neurónios que me faz mirar o vazio e tentar perceber no que é que estou a pensar.

Quero dormir e sonhar. Quero sonhar e escrever.

Sinto que tudo é lindo e que tudo é profundo: a tesoura, o brinco com uma pena negra, a lapiseira azul, o candeeiro cuja abajour é um búzio, o isqueiro zip, o abre garrafas metálico, os Ferraris em miniatura.

Apetece-me absorver tudo o que me rodeia.

Quem és tu? O que é uma mente?

Leva-me na brisa, faz-me fluir e flutuar com o fumo branco.

Amo o que magoa. Magoo o que ama.

Eu sou esta descrição. Eu amo a mágoa, porque, por mais que me possa magoar, me alimenta e me dá vida e me dá força.

Não me tireis a minha nostalgia, ó Mundo, nem me tireis a minha gargalhada sarcástica.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

domingo, 10 de agosto de 2008

Sei que a noite pertence aos que sonham;

_____a noite pertence aos que esperam;

_____ a noite pertence aos que desesperam;

_____ a noite pertence aos que amam;

_____ a noite pertence aos que imaginam;

___________pertence aos que se revoltam;

___________pertence aos que se preocupam;

___________pertence aos que se procuram;

__________________aos que não se calam;

__________________aos que não se conformam;

__________________aos que não aguentam mais!

Nada quero ver,

Só quero sonhar!

Agora já não há angústia dentro de mim.

Este corpo já conseguiu aprender.

Aprender a esperar.

Sei que valerá a pena, no fim.


Agora que já nada parece tão incerto

Já não custa tanto esperar.

Agora, cada quimera

É um plano. E, quando desperto

Do meu eterno sonhar,

A minha alma já não desespera.


Agora faz muito mais sentido,

Sonhar já não é só sonhar,

Mas sim programar o futuro mais próximo.

Ultimamente nem tenho tremido

Com o medo e a raiva que o facto de ter de esperar

Fazia nascer dentro do meu ócio.

Eu sou eu, não sou a minha família, não sou os meus amigos, não sou o meu país e muito menos sou os seus costumes.

Eu, a mim me construí, Nasci do amor consagrado Entre as lágrimas e as cinzas Do desagrado!

Eu sei que o meu país sofre…

Eu sei que a minha mãe sofre de cansaço, de desespero, de desconsolo e de preocupação com a nossa situação. Sei que o meu pai sofre de depressão, de medo, de sentimento de inutilidade, de desconhecimento e de cólera. Sei que eles conversam de noite, quando me pensam a dormir. Sei o quanto ela teme a morte dele que pensa próxima, (quer a física, quer a psicológica). Sei o quanto ele teme o seu futuro enegrecido (pelas suas mãos e pelas dos outros).

Sei que, se calhar, o dinheiro não vai chegar para mais do que um ano na universidade. Sei que vou para um curso arriscado, que tenho um gosto bizarro e que a diferença é punida pela sociedade vulgar.

Eu sei tudo isso mas rio e persisto, porque é assim que eu sou.

Por vezes desespero um pouco mas não sei entrar em PÂNICO.

Porque sou relaxada, tenho “alucinações”E ambições difíceis e caras mas consigo ignorar o que é mortal.

Sempre foi assim que ultrapassei o mal. Comigo, não é a falar que as coisas melhoram, mas sim não falando muito delas. Penso nelas, exclusivamente, quando tem mesmo de ser, quando o problema dá para resolver.

Eu sobrevivo através do ROCK N’ ROLL, tentando viver o bom que tenho.

E, quando não encontro nada de fantástico no presente, limito-me a olhar em frente, para o desconhecido futuro, que lá me permite divagar e imaginar…

Por isso não vale a pena que me critiquem por não me frustrar e tentar ignorar, nem por ter grandes fases de DENIAL.A negação do trivial tem vindo a salvar a minha vida.

Eu sou eu e sou assim e assim permanecerei e assim viverei enquanto me apetecer viver.

sábado, 9 de agosto de 2008

sábado, 2 de agosto de 2008

Dreaming about Paris

Today we three made some promises.

Just the three of us...

You are both part of what I call my best friends, the ones that bring me joy!



Today we promise that one year from now, in the next Summer, we're gonna travel through Portugal, go visit Spain and spend the times of our lives in Paris!

We marked it on our life's calendary, we're gonna go to Paris!

(I wrote it in that Camel pack that will last forever)


I believe in us and I believe in our plans!




Let's go to Paris!



I'm dreaming about Paris!!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Sinto vontade se sair para a rua

E correr pelo Montalvão fora

Até entrar na baixa!

Vontade de me meter pela rua do Roma

E correr até alcançar a Biblioteca Municipal!

Por artes mágicas, trepar pela parede acima

E partir aquela janela que está atrás da secretaria

Das bibliotecárias,

Aquela onde elas têm os computadores

Com a lista dos livros,

Onde nunca estão os livros que eu quero

Mas que depois encontro na prateleira!


Apetece-me caminhar por entres as prateleiras

E ir abraçar as encadernações

Como se fossemos todos corpos nus em êxtase!

Sim, êxtase, porque a poesia me deixa high,

Me embriaga e me enlaça como se nada mais existisse.


Hoje quero-vos,

Oh grandes poetas de outrora!

Quero ler os vossos versos e chorar convosco,

Rir-me convosco,

Saltar convosco,

Revoltar-me convosco,

Emocionar-me convosco,

Viver e Morrer convosco!


Esta noite só a poesia importa,

Não sei explicar, não quero explicar,

Só quero poesar!

Quero ler até me doerem os olhos,

Até que as pálpebras se me fechem

E eu cabeceie e bata com a cabeça nas prateleiras

E me levante e corra, tropeçando,

Escadas abaixo,

Para ir molhar a cara ao lavatório!

Depois quero voltar e deitar-me no chão e ler mais e mais e mais!

Sentir que os versos se enlaçam em mim como tendões que se enrolam na minha carne!

Quero que as vossas palavras percorram o meu organismo como micróbios

Que corroem os meus órgãos e os devoram!


Por fim,

Quando mais não puder,

Quero desfalecer naquele chão de madeira velha,

E dormir, fundindo-me com a madeira,

Fazendo com que o meu corpo se torne parte

Daquele sitio que tanto amo e que me faz sonhar casa vez mais!

Agora já só interessa dançar…

A dança acabou de começar!


Agora que esta dança começou,

Já nada mais me pode interessar.

Agora só me apetece dançar!

O que a minha pessoa experimentou

Até agora, de uma prova não passou.

Eu consegui iniciar este bailado

E agora segui-lo-ei até estar terminado.

Dançando receberei a condecoração

Divina por toda a desesperação

Por que a minha alma tem passado.


Agora já só interessa dançar…

A dança acabou de começar!


Dançarei aqui na minha casa,

Na praia, na relva verdejante,

No campo, na areia brilhante,

Na terra, na fogueira em brasa!

Dançarei como se uma alva asa

Tivesse, de cada lado de mim, nascido.

Como se o futuro não fosse tremido…

Agora tudo depende só de mim,

Só eu controlarei que tipo de fim

Será para este bailado escolhido.


Agora já só interessa dançar…

A dança acabou de começar!


Mas esta dança só acaba se eu quiser!

Eternamente, todos se recordarão

Da existência deste intrépido leão,

Se os passos mágicos eu fizer.

Não sinto que esteja a ser corajosa,

Apesar de saber minh’alma virtuosa.

Porque de não singrar tenho medo.

É isso que me impulsiona, é esse o segredo.

Sei que me ajudará a esperança ditosa.


E, de qualquer modo, agora só interessa

Que a dança já se iniciou e tenho pressa!


Agora já só interessa dançar…

A dança acabou de começar!

PÓLO NORTE - ASA LIVRE

Como um pássaro que vai
Quando uma porta se abre
Não olhes para trás e vai depressa

Como a noite quando cai
Abraçando a cidade
Deixa simplesmente que aconteça

Abre as asas e vai
Das tuas asas as minhas também
Abre as asas, eu fico bem

Como um barco que se afasta
De uma das margens do rio
Não há um só lado na vida

Quando um beijo já basta
Corpo quente em corpo frio
Deixa que aconteça a despedida

Abre as asas e vai
Das tuas asas as minhas também
Abre as asas , eu fico bem

E que a despedida
Seja só o recomeço
Livre asa solta
Voa alto, eu não te esqueço

Abre as asas e vai
Das tuas asas as minhas também
Abre as asas , eu fico bem

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Oh, meu querido e azul oceano…

Há quem diga que Setúbal não tem mar.

Dizem que está errado assim denominar

Esta dádiva que foi dada ao povo humano.

Dizem que este elemento belo e tirano

Não passa de um rio. Mas é mar, sim!

Comprova-o o seu cheiro, que em mim

Faz sempre crescer a alegria de viver.

É de ti que mais saudades vou ter,

Meu mar… meu amor por ti não tem fim

quinta-feira, 24 de julho de 2008

poema já com uns meses...

Sábado, 10 de Maio de 2008 -12:43:44



Caminho pela baixa de Setúbal

Como caminho pela minha vida.

Vou andando, calma e rapidamente,

Observando de um modo global

Esta gente alegre e corrompida.


Assim percorro a minha cidade.

Dói-me o ombro e a mala pesa

Como me pesa a vida e tal

Como me pesa e magoa a felicidade.

Pesa-me a ignóbil certeza


De que vou encontrar pessoas

Que conheço nesta minha aldeia

Que me acompanha desde o nascimento.

Pesam-me as encadernações boas

Dos livros que trazem cheia


A minha alma. Meus companheiros

Que trago da minha segunda casa,

A minha biblioteca, minha amiga Real,

Pesam-me as palavras de tinteiros

Alheios, cuja fé e cuja Asa


Transporto comigo. Pesam-me, também,

O meu caderno e a minha caneta

Com que escrevo o que penso

E o que à imaginação me vêm.

Pesa a minha letra feia e preta


Que ainda diz mais do que eu.

Pesa-me o leitor de Ém-Pê-Três,

Uma das poucas tecnologias

De que realmente o meu

Ser necessita. Sem porquês,




A música acompanha-me…







Fundir-me-ei à Natureza
e amarei a sua verdade.
Absorverei a sua pureza
e conseguirei a eternidade.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

It's all over!

Tenho andado todo o ano atormentada por demónios do presente e espectros do Futuro.

Passei um ano lectivo miserável, cheio de desilusões, melancolia, dúvidas, desespero, pesadelos… Um autêntico martírio psicológico que tornava as minhas manhãs nas aulas insuportáveis por ter de lá estar e as tardes intoleráveis por pensar demais em tudo.

Deprimi nas salas de aula, nos cafés, no bar da escola, em casa e, por vezes, mesmo quando saía à noite com os meus amigos. Parecia haver sempre lugar para uma lágrima no canto da minha mente.

Certo dia, na semana passada, vendo alguém chorar na televisão, reparei numa coisa há mais de um mês que não estou triste, nem desolada, nem preocupada.

Depois, ontem, ao ligar a televisão nos canais de música, encontrei uma das minhas músicas preferidas já há três anos, a Photograph, dos Nickelback. É uma música que expressa a saudade dos tempos da escola em que o cantor era um jovem rebelde que só se metia em confusões e sonhava em conjunto com os seus melhores amigos.

Ao ouvir a música e, obviamente, a sing-along (para grande tristeza dos meus vizinhos, que me ouvem a cantar todos os dias) mas reparei numa coisa, já não sentia aquela onda de tristeza arrebatadora que me costumava invadir.

Cheguei à conclusão de que acabou… Acabou-se a saudade.



Tenho passado toda a minha vida imersa numa saudade que chegava a ser dolorosa fisicamente.

Quando fui para a Bocage, fazer o 2º ciclo, senti imensas saudades dos tempos da escola primária, em que era das melhores alunas da turma, os intervalos eram passados em contacto com a Natureza, eu só brincava com os rapazes e andava a chafurdar na terra, a trepar às árvores, a comer fruta directamente colhida por nós e comida nos ramos mais altos das laranjeiras ou das nespereiras. E, para além disso, tinha saudades das tardes em casa dos meus avós, quando conversava com o meu avô Carlos, e ele me dava histórias e poemas dele para ler, me contava histórias e aceitava fazer os “trabalhos de casa” que eu o mandava fazer, quando brincávamos às “escolas”.

Quando fui para o Liceu, fazer o 3º ciclo, sentia saudades dos tempos da Bocage, das descobertas, do nevoeiro das manhãs de Inverno, de brincar no campo de alcatrão, de ler à porta das salas de aula, de ter salas de aula com uma parede toda envidraçado (desde a altura da cintura até o tecto) o que me permitia ver a rua, de ser (novamente) das melhores alunas da turma, de me interessar pelas aulas e das horas passadas na biblioteca da escola.

Quando terminei o 3º ciclo e entrei para o 10º ano, foi quando senti as piores saudades de sempre. Tinha saudades da minha turma, onde me dava quase com todos, onde tinha encontrado os meus verdadeiros amigos, dos lanches na casa da Clara depois das aulas, dos tempos passados no parque, de me sentar na última fila com a Joana Carmo e de conversarmos todas as aulas (mesmo que isso nos pusesse à beira do chumbo), de faltarmos às aulas e irmos passear até à Bocage, de passar as aulas aborrecidas de F.Q. a escrever e das aulas de Ciência e da professora São.

O 1º período do 10º ano foi uma tortura ainda maior do que a deste ano. Depois conheci a Inês e o Francisco e comecei a dar-me cada vez mais com a Téh, a Clara, a Marisa e a Sara Q. e tudo mudou. Não estava nada satisfeita com aquela turma, mas essa insatisfação alimentava a minha raiva e esse sentimento sempre foi a força da minha personalidade.

No 11º ano, tinha saudades da Inês, do telhado dela, de faltar às aulas com ela, da praia, das conversas fantásticas e surreais… Mas tinha o Francisco e ganhei o Tiago e o André e o Rodrigo e o Tiago D. Na realidade, o 11º ano deve ter sido o ano que correu melhor ao longo da minha estadia de seis anos naquela escola.


Este ano, o 12º, foi o pior de sempre, sem dúvida alguma.


Quando era mais nova, especialmente quando andava no 7º/8º, sofri imenso, ainda não tinha a minha personalidade bem definida, ainda não tinha estabelecido quais as coisas realmente importantes na vida, ainda não tinha percebido tudo o que tinha e o quão insignificantes as opiniões alheias são. A única coisa que me fazia sentir bem nessa altura, a única maneira de me afirmar, de demonstrar que não era tão má quanto me faziam passar, era a agressão. Adorava andar à pancada, por tudo e por nada. Hoje em dia, ainda sou uma pessoa que perde a paciência e se irrita e enfurece muito rapidamente, mas nada que se assemelhe com aquilo que era com os meus 13 e 14 anos.

Este ano, cheguei a ter saudades desses tempos a desejar que as coisas voltassem a ser como nessa altura. Só queria que alguém esticasse demasiado a corda comigo, para que eu me pudesse “transformar no Hulk” e espancar alguém. Isto só mostra o quão desesperada estava. Tive umas saudades terríveis daqueles que foram os piores anos da minha vida.


Ao menos nessa altura fazia alguma coisa em vez de aturar a idiotice que me rodeia.


Os últimos quatro anos foram essenciais para que a pessoa que sou adquirisse uma personalidade cada vez mais vincada e com menos incertezas. Devo isso aquela escola miserável e, claro, a toda a saudade que sempre existiu e me macerou interiormente.


Agora acabou… Acabou-se a saudade.


Foi-se… Toda ela, sem que eu tivesse de fazer o mínimo esforço.


A partir de agora, vou, finalmente, começar a realizar os projectos que planeio há tantos anos. Percebi agora que é tudo verdade… Vou-me mesmo embora, vou deixar tudo para trás e, sinceramente, não sinto que vá perder nada. Tudo o que tem valor para mim é movimentável e intemporal, não preciso de aqui ficar para manter as coisas e pessoas importantes comigo. O que amo viaja comigo.

A partir de agora, o passado não interessa mais (pelo menos não de um modo pesaroso de quem deseja que o tempo ande para trás).

Cada ano pelo qual passei até agora foi um degrau. Um degrau que formou a escada que me levou à porta que estou prestes a atravessar.

A porta já está entreaberta e já vejo uma luz e já imagino os seus mistérios e anseio pelas aventuras que me esperam do outro lado.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

2 meses!


I

Oh Coimbra, que te conheço bem

Dizer não posso, é verdade…

Mas, apesar disso, teu nome contém

A doce carícia da liberdade.


De cada vez que penso em partir

Para uma desconhecida cidade,

Sinto um arrepio pelo corpo a subir,

Fazendo com que não sinta saudade.


Fecho os olhos e não cesso de imaginar

Que percorro esta ou aquela rua.

Mentalmente, não paro de explorar


Cada local, cada canto, cada momento

Desta cidade que espera que a possua.

Oh Coimbra, dá-me o teu alento!


II

Oh, honrada cidade dos estudantes!

Já faltou mais para que junto a ti

Estivesse! Penso em ti todos os instantes

Em que sonho! A minha mente sorri


Com o suave toque da independência

Que tu representas para mim!

Deus, aumentai a minha paciência,

Ajudai-me a não alcançar o meu fim


Antes de partir para as descobertas

Que me esperam! Não descobrirei

Mares inóspitos nem terras desertas


Mas encontrar-me-ei. Contigo,

Viverei, criarei e aprenderei

Muito mais do que aqui consigo!

domingo, 6 de julho de 2008

Benjamin Lebert, um herói para todos os que sonham ser escritores





Por este mundo fora há milhares de pessoas como eu, que, desde muito novas, escrevem e imaginam e planeiam, e sonham que os seus livros serão publicados, as suas histórias amadas e os seus nomes reconhecidos.
Mas, em cada 1000 destes sonhadores, talvez apenas um (se tanto), conseguirá alcançar aquilo que deseja. E, a maioria dos que o alcançam, fazem-nos já numa idade avançada, e nem sempre têm tempo de ver realmente, o efeito que as suas criações têm nas várias gerações que as admiram, ou mesmo que as odeiam. Eu, para além de sonhar ser escritora, quero ainda mais. Gostava de ser realizadora de cinema, de transportar imensas das histórias que imaginei e nunca escrevi para o cinema. Quanto mais sonhos se tem, maior é a probabilidade de desilusão.

Este é Benjamin Lebert, um escritor alemão que completou apenas 26 anos, no passado dia 9 de Janeiro e que, em poucos anos, conseguiu alcançar os meus maiores sonhos.

Não posso afirmar que ele tinha O Sonho de ser Escritor, pois nunca li,vi ou ouvi nenhuma entrevista onde afirmasse tal, mas acredito piamente que ele tinha O Sonho. Acredito porque, quando li a obra com que se estreou "Crazy", pela primeira vez , em 2005, estava no final do nono ano, tinha apenas 14 anos, a personalidade que tenho hoje tinha-se formado há bem pouco tempo e, obviamente, ainda era frágil, e, para além disso, estava triste com tudo à minha volta. Disseram-me que este livro era "a minha cara" e, mal acabei de o ler percebi que era o melhor livro que já tinha lido. Não tem uma história estranha ou nunca vista, não tem uma escrita pomposa ou brilhante mas tem uma tristeza, uma melancolia, uma realidade, uma angústia, uma frustração e uma amizade tão fortes que me emocionaram até ao meu expoente máximo de comoção. Se bem que, ao mesmo tempo, consegue, com a sua ironia e graça, provocar sinceras gargalhadas.
Penso que o que mais me fascinou foi o facto de aquele ser um livro escrito por um rapaz de 16 anos (nessa altura eu já sonhava em ser escritora há alguns anos e tinha terminado o meu primeiro livro há pouco tempo) que tinha conseguido alcançar o sucesso e ser reconhecido. Para além disso, aquela era uma história verídica, a história de um rapaz de 16 anos, triste com tudo à sua volta.
No ano seguinte, novamente, no final do décimo ano, estava outra vez com um ataque psicológico grande e, de repente, lembrei-me de reler o "Crazy". As coisas tinham mudado mas, de algum modo, aquele livro ajudou-me a continuar mais uma vez.
No ano passado, exactamente na mesma altura (admito, sou uma pessoa que AMA as tradições que cria), estava a tentar estudar para o exame nacional de Geografia e um pensamento interrompia-me ininterruptamente, ' está na altura de ler o "Crazy" ' Obviamente que o li, novamente, e, desta vez, a cumplicidade que senti com a obra foi ainda maior porque tinha exactamente 16 anos, tal como o autor. Muitas das coisas que li faziam mais sentido que nunca. Uma vez que a pessoa que mo emprestara me dissera que já que adorava tanto o livro podia ficar com ele para mi, diverti-me numa que é das minhas actividades preferidas, sublinhar todas as expressões que gosto nos livros. Cito, agora, uma frase deste livro que diz tudo o que sinto ao lê-lo

“Literatura é quando tu lês um livro e podes sublinhar cada uma das frases, porque são autênticas.”


Este ano, já tirei o "Crazy" da prateleira mas, infelizmente, ainda não tive tempo de o ler... Receio já ter ultrapassado o prazo dentro do qual geralmente o leio, mas, assim que puder, vou, com certeza, ler, pela quarta vez, uma história que ainda me provoca aquele calorsinho na barriga, um misto de excitação e emoção, quando leio algo de que gosto muito.


Penso que, para todos os que sonham ser escritores, este rapaz deve ser considerado um Herói. Pelo menos para mim, Benjamin Lebert nunca deixará de simbolizar o Herói que alcançou a Glória.
      • Como já disse, tinha apenas 16 anos quando escreveu "Crazy", livro que foi publicado em 1999, quando o autor tinha 17 anos.
    • No ano seguinte, aos 18 anos, viu a sua obra ser passada para o cinema, num filme de produção alemã com o mesmo nome.
  • Em 2003 (21 anos) publicou o seu segundo livro "O Pássaro é um Corvo", que , segundo sei, também foi incrivelmente apreciado no seu país e fora deste (infelizmente não se encontra publicado em Portugal, como de costume... Talvez cá chegue em 2010).
  • Com 24 anos, três anos depois de "O Pássaro é um Corvo", publicou "Kannst du", outro livro adorado pelos críticos.
Apesar de ainda não ter lido as suas duas ultimas obras, com muita pena minha, tenciono arranjar maneira de as ler, num Futuro próximo. Desde já sei que aquela escrita triste e real que tanto admiro continua a caracterizá-lo.


“Não conseguirei sempre aquilo que quero, mas podes ter a certeza de que vou experimentar aquilo que posso.”

Benjamin Lebert - "Crazy"



segunda-feira, 30 de junho de 2008

Hecaté


Não sou pagã, mas todos os que me conhecem estão familiarizados com o meu fanatismo por mitologias e civilizações antigas. De entre os gregos, a minha divindade preferida é, sem dúvida, a menosprezada e pouco conhecida Hecaté.

talvez esta fixação tenha nascido do facto do nome Catarina ser proveniente do nome grego Hecaté.

Simpatizo tanto com esta Deusa, que dediquei uns capitulos do meu ultimo livro a falar dela.

Neste momento da minha vida, sinto as palavras que escrevi acerca de escolhas e tomar caminhos de uma forma mais forte que nunca.



"Sempre que nos deparamos com uma encruzilhada na nossa vida, com a necessidade de fazer escolhas, Hecaté está lá para nos guiar e para nos ajudar a escolher o melhor caminho. Mas, segundo ela, não existem boas e más escolhas, apenas escolhas. Independentemente do resultado que advenha das nossas decisões, todas as escolhas valem a pena pelo caminho que nos fazem percorrer."


"Pagãos inocentes da decadência"

quarta-feira, 25 de junho de 2008

"'Screvo meu livro à beira-mágoa. "

"Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?"

"O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp'rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte -
Os beijos merecidos da Verdade. "

"(...)Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor. "

"Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz -
Ter por vida a sepultura."

"Ser descontente é ser homem. "

"Tenho meus olhos quentes de água. "

"'Screvo meu livro à beira-mágoa. "

"Quando, meu Sonho e meu Senhor?"

Mensagem – Fernando Pessoa



Que seria de mim se, no meio dos meus desesperos, uma voz lenta e calma e plácida e profunda, não soasse na minha cabeça, como se o autor dos versos que recordo falasse comigo e me lembrasse do que é ser. Oh, Fernando Pessoa, quando estou muito triste, quando não me lembro de mim, quando as coisas não fazem sentido, tu dizes-me tudo o que há para ser dito.

Assim, hoje relembrei pensamentos perdidos.

Relembrei que, sem as minhas loucuras, os meus devaneios, minhas ideias bizarras, meus raciocínios estapafúrdios, sem coisas destas, eu não progrido, pois não inovo, não crio, pois não evoluo.

Relembrei que, se não visse constantemente o Futuro na minha mente, se não visse cenários, situações, pessoas, (personificações dos meus sonhos realizados), que para os outros são invisíveis, então perderia a vontade de lutar. Cada um sonha com aquilo que pensa ser recompensa suficiente para os seus actos. Alguns sonham com riqueza, alguns sonham com amor, e essas recompensas, se um dia a eles chegarem, bastarão para os realizar. Mas, para mim, "os beijos merecidos da verdade", estão na glória e no sucesso.

Relembrei que a dor que sinto, é necessária para que ultrapasse as adversidades que se prostram à minha frente e que, se a dor parece excruciante, então a recompensa ser-lhe-á proporcional. Valerá sempre a pena continuar, por mais que cada acto básico e simples do quotidiano doa.

Relembrei que aqueles que se sentem totalmente felizes não conhecem o prazer do desafio, o calor que cresce no ventre daquele que sonha com aquilo que não existe ainda, mas que acredita que virá a acontecer. Aqueles que não sonham já perderam a vontade de viver (se alguma vez a tiveram) e estão apenas à espera da morte, que os levará e eliminará a sua existência.

Relembrei que estar num constante desassossego é apanágio da condição humana. Aquele que não está descontente com nada é conformista e não tenta deixar a sua marca no Mundo.

Relembrei que não é errado nem humilhante que o criador se emocione com aquilo que criou e a que deu origem, assim como um pai se emociona com o filho. Enquanto sentir o que escrevo como se da minha vida se tratasse e enquanto desesperar com a frustração do presente e do errado, serei fiel aos meus escritos e às minhas crenças e valores.

Relembrei que não saber o que me espera é o que me guia. É o descohecimento que me orienta e que me continuará sempre a dar vontade de viver e de perguntar "Quando, meu Sonho e meu Senhor?".





Deste modo, aceitei minha dor e entendi o seguinte: por mais feliz ou satisfeita que me encontre em determinado momento, por trás da felicidade, as minhas dúvidas, mágoas, tristezas e frustrações estarão à espreita, esperando pela altura em que a alegria se começa a desvanecer, atacando-me, fazendo com que eu nunca deixe de reflectir, de sonhar e de traçar novos planos e objectivos. Quando a dor for lancinante, terei sempre os meus vícios, através dos quais faço a catarse da mágoa e, esses mesmo vícios, abandonam, então, essa denominação depreciativa, uma vez que me dão prazer e calma, tornando-se em algo bom.

Por fim, termino com o verso mais lindo da obra "Mensagem", "'Screvo meu livro à beira-mágoa. ". Apesar de desconhecer o futuro, sei que sempre escreverei até ao dia em que a minha vida mortal terminar. Sei, também, que escreverei sempre à beira da minha mágoa, quer sejam contos, histórias, romances ou poemas, pois é essa mágoa, quer minha, quer de outrem, que me inspira, que me eleva, que me faz reflectir, que me faz criar, que me mantém viva, que faz com que, a cada lufada de ar que inspiro, tenha vontade de continuar e de lutar.

domingo, 22 de junho de 2008

Here's to you mate


Há cerca de dois meses atrás um grande amigo, comentando um poema meu, escreveu o seguinte:


"Pobre Catarina que morre entre as linhas da poesia. Derrete-se no alcohol e morre entre o papel."



É fantástico como consegues dizer coisas tão bonitas e que são mesmo muito reais... Cada vez mais reais. Nem sei se isso será bom ou mau...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Nowadays things are just not that great. A sad feeling as been growing inside of me for the last months and it seems to have come to stay. I don’t actually know what’s the problem, I can see some problems in my present life but nothing too big to make me feel so blue.


It’s been hard for me to fall asleep, even harder than it used to be (I’ve always had sleep problems since I was a little girl) and, when I’m finally sleeping, I have nightmares. Not nightmares with monsters and deaths and the usual awful things that happen in nightmares. Most of the times I don’t remember why were my dreams so terrible and, when I do remember, I realize that what scares me the most is realizing that it was all just a dream. I know that happens to a lot of people, every day, but, every time I wake up to find out I was dreaming the pain is so strong that it actually makes my chest hurt.


Other times, when I wake up during the nigh (it happens every couple of hours now) I just have no idea where I am. And even worst, I sometimes feel as if I don’t know who I am. That’s how confuse I get when I wake up!


The only thing I know for sure right now is that everything hurts these days... Every breath I take, every movement I make, everything I look at, it all hurts. And it all makes me think about things that aren’t real to compensate. I’m afraid or getting lost inside my head and inside my imagination. And that hurts too. Like I say, everything seems painful now.


I don’tknow where this pain comes from and I have no idea when it’s going to pass. I only know this one thing, one of the only rules I have in my life – if it hurts, it’s gonna make you strong -, I don’t care how cliché it may seem. All I have left is to try to take the pain as if it was normal, try to act as if this weight on my chest was always here and try to learn something with this.


Even if it hurts so badly...

sábado, 14 de junho de 2008

Se dor não há,

A poesia não cresce.

Se grande tristeza

A vida não nos dá,

O poema não floresce.


Um verso é uma rosa,

Num canteiro de sentimentos

Maleficamente plantada.

Se a água melindrosa

Não amenizar seus sofrimentos,


A flor não prospera.

Se apenas houver alegria,

O verso pode, com certeza,

Nascer. Mas não supera

Uma cantilena popular e fria.


Apenas se o sofrimento

Devorar as entranhas

Da pessoa iluminada

Que escreve, o padecimento

Das suas façanhas


Poderá dar uma vida

E um significado

Aos seus pesarosos poemas.

Assim, uma mente ferida,

Envolvida em pecado,


Será a do melhor jardineiro.

Aquele que melhor alimenta

As suas rosas e dilemas,

Aquele que se oferece por inteiro

À poesia, que sua alma acalenta.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

... ... ...

I just can't write anything right now... Anything at all...

terça-feira, 3 de junho de 2008







quinta-feira, 29 de maio de 2008

Lista das músicas mais ouvidas