terça-feira, 25 de dezembro de 2007

8th Birthday and Christmas without you grandpa...


Unforgettable, thats what you are

Unforgettable, though near or far

Like a song of love that clings to me

How the thought of you does things to me

Never before has someone been more

Unforgettable, in every way

And forevermore, (and forevermore)

Thats how youll stay, (thats how youll stay)

Thats why darling its incredible

That someone so unforgettable

Thinks that I am unforgettable too


No, never before has someone been more

Ooh unforgettable, (unforgettable)

In every way, (in every way)

And forevermore, (and forevermore)

Thats how youll stay, (thats how youll stay)

Thats why darling its incredible

That someone so unforgettable

Thinks that I am unforgettable too

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

...

Daqui a uns anos vou estar morta,

Vocês têm que ter essa consciência

Quando vos peço para me deixarem

Ser livre. Daqui a uns anos já não importa,

Já não vou estar na adolescência.

Já não vai interessar o facto de me abraçarem


Eternamente com medo de me perder.

Porque daqui a uns anos poderei

Fazer o que quiser. Que interesse tem

Poder ir sempre para onde me apetecer

Se não há ninguém para dizer “Eu confiei

Em ti e deixaste-me ficar bem”?


É por isso que vos peço calmamente

Que confiem e não tenham medo

Porque há muito que não sou criança.

Confiem em mim no momento presente

E eu prometo estar de volta mais cedo

Do que imaginam. Não lutem contra a mudança


Porque aprendi dificilmente que é inevitável.

Sei que algumas vezes vos desiludi

Mas se pensarem bem, não foram

Quase nenhumas. Tenho uma admirável

Resistência à tristeza e sempre cri,

Mais que vocês, que o dinheiro não


Interessa. Vocês sabem que sou feliz

E que vos amo, independentemente

Dos bens materiais que não puderam

Dar-me. E acreditem que a raiz

Daquilo que sou foi grandemente

Influenciada pelo que não me deram


E que os outros pais deram às outras crianças.

Raramente vos pedi que me dessem coisa alguma

E quando o fiz, foi apenas por necessidade.

Por isso, dêm asas às minhas esperanças

Não sejam responsáveis pela queda de mais uma

Das minhas expectativas de felicidade.


Percebam… Percebam por favor

Que o tempo passou, que eu já cresci

E que esta oportunidade eu mereço.

Façam-me esta vontade, por louvor

A Deus… Percebam que já aprendi

E que sempre vos respeitei, com apreço.


Eu percebo que vocês tenham medo

Pois apenas me têm a mim. Mas preciso

Mesmo de me libertar e de ir explorar

Este grande mundo, para que nenhum segredo

Ele mantenha e para que seja conciso

O meu conhecimento. Tentem não pensar


Que algo terrível poderá acontecer

Porque isso não está nas vossas mãos.

E não pensem que não tenho nenhum temor,

Porque eu também temo o decorrer

Do tempo e todas as suas bênçãos

Ou maldições repletas de dor


Que me esperam. E estão já ali adiante,

Vou encontrá-los assim que conseguir

Ultrapassar este obstáculo que vocês

Me estão a por. Vou levar a minha avante

E na estrada da Vida vou prosseguir.

E quando chegar ao meu destino direi “Vês,


Nada de mal veio ao meu encontro.

Deparei-me com algumas coisas menos boas

Mas que são necessárias para aprender.”

Por isso, Helena, não anseies pelo reencontro

Com lágrimas nos olhos. E Rui, as pessoas

Não têm culpa de que eu tenha de crescer.


Eu vou, seja hoje, ou amanhã, ou ainda depois,

Vou realizar os meus sonhos e desejos.

Mas preferia, com toda a certeza, ir hoje ainda.

E preferia que soubessem e me abençoassem, pois

Custa-me deixar-vos sós, sem os meus gracejos.

Percebam que tenho de ir agora que o dia finda…

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Porto Côvo


Tenho saudades de Porto Côvo e do mar e das rochas e da areia e dos cheiros e das flores amarelas e do pôr-do-sol e da relva e dos animais a descansarem e da maresia e das estrelas e dos ruídos do campo e das casinhas azuis e brancas e dos bancos de pedra branca e dos bancos de madeira vermelha e da esplanada de metal e da rua principal e da calçada de granito azul-escuro e dos cães à solta e das pessoas a passearem e do parque de campismo e da geladaria e da pizzaria e do sol e do silêncio e da solidão e das pessoas que se conhecem todas e das roullotes no fim da rua e das casas fechadas há anos e dos passeios nocturnos e da noite adoravelmente fria e do forte e da ilha e da esperança e da canção e das memórias e da vida que todas essas coisas emanam.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Best of "Crazy"

Aqui fica a selecção das melhores frases do melhor livro de sempre. "Crazy"




“ (…) A vida é qualquer coisa como nunca pensarmos nela.”


“ – Porra, e se as calças me caírem?! – pergunta desesperado.

- Então esta merda deste pátio pindérico tem, finalmente, algo de interessante para ver!”


“E tudo isto só por causa das miúdas, penso. Agora venham-me dizer que não preciso delas. Na segunda noite na estou pendurado como um tarado no muro de um castelo para ir ter com elas.”


“Não conseguirei sempre aquilo que quero, mas podes ter a certeza de que vou experimentar aquilo que posso.”


“Toda a juventude não passa de uma única e imensa procura do fio.”


“Sinto vontade de morrer. É incrível como uma pessoa se pode entusiasmar tão depressa. É só preciso ver um traseiro jeitoso. (…) É que mal chegamos aos treze anos e as miúdas e os seus traseiros transformam-se em pura droga.”


“Aos dezasseis anos a vontade de um gajo é simplesmente dar uma valente estocada. Com dezasseis anos o que as miúdas querem é receber uma valente estocada.”


“Por que é que não continuamos todos a ser simplesmente uns rapazinhos? Que pretendem curtir um pouco esta vida? Dar umas quecas, rir, ser felizes.”


“Este mostra uma cena do filme fantástico Dragonheart. Um dragão enorme que expele fogo luta com um cavaleiro da Távola redonda. We will always suceed! – Pode ler-se.”


“Há-de chegar a altura em que Ele nos livra desta merda e nos dá a mão para nos ajudar.”


“O que eu precisava era de uma fase da «casa das putas.»”


“Eu não quero ser mais um espectador. (…) Não quero continuar de fora, na escuridão, a olhar para o palco. (…) Agora também eu quero subir ao palco.”


“Eu diria que nascemos para concretizar ideias malucas.”


“Um homem é um homem, um bicho é um bicho.”


“Janosh é um rochedo. Todos o sabem. (…) Ele é simplesmente o Janosh. E isso chega.”


“O Félix gordo adora os Ferraris. Tem um catálogo com todos os modelos. À noite chega mesmo a levá-lo para a cama para lhe sentir o cheiro.”


“- O vosso amigo é sempre assim tão rude?

- Claro, foi ele que inventou a palavra rude.”


“- Há aí alguém capaz de me dizer por que é que havemos de ser precisamente nós os primeiros a fazerem todo o tipo de merda?

- Simplesmente porque estamos vivos (…) e porque somos novos.”


“ - Sempre que escrevo um ditado faço vinte erros.

- Já pensaste que talvez tenha sido por isso que te espetaram com um seis a Alemão?

- Ainda não pus totalmente de parte a hipótese.”


“Está-me a parecer que o melhor é dar-lhe mesmo uma valente estocada e o assunto fica arrumado. É mais fácil. (…) Talvez consiga com o caralho o que não consigo com a cabeça.”


“O pessoal vive. Havemos sempre de viver. Havemos de viver tanto tempo até que não exista mais nada para viver.”


“Se aquilo que fazemos está certo ou errado, isso deixamos à Sua consideração. Ele que nos diga quando estivermos na Sua presença.”


“E sorriu aquele seu sorriso grande e largo, que vai de orelha a orelha. Como gostaria de lhe partir todos os dentinhos.”


“Mas é preciso arriscar senão não se consegue nada na vida.”


“ - Não podes desistir, Benni! O ser humano nunca deve desistir.

- Mesmo quando às vezes se torna mais fácil desistir?

- Nem mesmo nessas alturas.”


“A vida é excitante. Está sempre a acontecer algo novo.”


“Todos nós irradiamos a nossa luz própria dentro do sistema da nossa amizade.”


“É preciso beber a vida a jorros.”


“ – A vida é uma tentativa.

- E o que é que nós andamos a tentar?

- Andamos a tentar experimentar tudo.”


“Adoro mexer em livros. Transmite-me uma sensação de tranquilidade. A sensação de que neste mundo ainda existe algo que podemos agarrar e manter junto de nós. Apesar de tudo se esboroar e correr vertiginosamente à nossa volta.”


“Cada expressão, cada observação acerta em cheio no meu coração. Não tarda que os olhos se me encham de lágrimas. Acontece-me sempre isto. Os livros bons fazem-me chorar. Chorei baba e ranho de todo o tamanho quando li A Ilha do Tesouro e choro agora ao ler O Velho e o Mar. pelos vistos, é a minha sina.”


“Literatura é quando tu lês um livro e podes sublinhar cada uma das frases, porque sai autênticas.”


“ – Toda a pessoa é corajosa e valente ao mesmo tempo.

- E porquê?

- Porque cada um se levanta da cama de manhã e vai à sua vida sem enfiar uma bala nos miolos. Isso é um sinal tanto de coragem como de valentia.”


“Janosh é a vida. A luz. E o sol. E se existir um Deus, então Ele manifesta-se através do meu amigo. Disso tenho a certeza. Só peço que Ele o abençoe.”


“ – E tu conheces um filme melhor?

- Braveheart. (…) Esse é que é um bom filme. Mel Gibson é crazy. Além disso, eu curto a Escócia à brava.”


“Meu Deus, obrigada pela vida que me deste! E manda vir mais uma rodada de Bacardi para todos.”


“Lebert! Nunca hei-de esquecer esta noite. Digo-te! E nela está gravado o teu nome!”


“Eu fico logo de pau feito. Parece que me quer rasgar as jeans”


“ – Aposto que não tens tomates para subir ao palco e enfiar-lhos no slip.

- Ai não, não tenho.

- Vamos juntos?

- Vamos juntos!”


“ – Vocês já se aperceberam de que são os melhores, não? Os melhores que eu jamais tive.

- Sim, sim. Nós já sabemos disso. Estás bêbedo que nem um cacho.

- Talvez esteja, talvez esteja. Mas vocês sabem que são os melhores. Os melhores que jamais tive.

- Claro e tu também és o melhor que nós jamais tivemos. Nós já percebemos isso!

(…)

- Todos nós somos os melhores! Uns heróis! Crazy!”


“ – E onde é que nos encontramos neste momento?

- No caminho da vida.

- E nós fazemos e encontramos… novas histórias.”

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A Celta


Tratava-se de uma daquelas tardes silenciosas

Daqueles sábados terrivelmente fastidiosos.

Mas, para aquelas duas pessoas,

Estas eram horas terrivelmente maravilhosas

Pelas quais ambos estavam sempre ansiosos.


Em lado algum daquela casa se via luz,

Excepto na ténue chama dançante

Da vela branca que ardia sem parar.

E aquele clarão amarelo, que os seduz,

Iluminava aquele serão triunfante.


Numa enorme banheira de metal,

Com possantes pés também metálicos,

Se davam aquelas conversas boas

Que fortaleciam aquela relação fenomenal

Com os seus fantásticos temas alquímicos.


Juntos, o filho pequeno e sua mãe,

Se banhavam sempre conversando.

O menino, sem nunca parar de a amar,

Ouvindo quantas virtudes ela tem

Para lhe ensinar, ficava desfrutando


Das histórias que ela tinha para contar,

Cada uma melhor que a anterior.

E a mãe, envolvendo-o nos braços,

Amava-o com todo o afecto que se tem para dar.

Aqueles momentos, todos de pendor


Altamente pagão, justificam as suas vidas.

Um dia, o menino colocou-lhe uma questão.

“Mãe, porque é que raramente acendemos luzes?”

Ela colocou-lhe água sobre as feridas

Que tinha no rosto, devido a qualquer confusão


E começou, então, calmamente, dizendo:

“Há muito tempo, quando a Deusa era adorada

E as pessoas carregavam flores nos regaços,

Não existia este desperdício tremendo

Daquilo que a natureza nos dá. Louvada,


A Terra dava aos homens o necessário

Para que eles pudessem sobreviver.

E, nesses tempos, as únicas luzes

Que eles conheciam eram as do temerário

Fogo. Jamais o deixavam morrer


E a Deusa jamais permitiu que deixasse

De os aquecer e iluminar. E assim nasciam,

Viviam, eram felizes e morriam, sempre belos.

E se algum deles, por ventura, imaginasse

Que, no futuro, as lâmpadas existiriam,


Seria considerado louco, decerto!”

Sobre as palavras da mãe ele ponderou

Durante algum tempo, calado.

Mas, de novo, ele a questionou:

“O povo da Deusa adorava-a a céu aberto,


Não era? Mas, se tanto a amavam

Porque nunca nenhum templo lhe foi construído?

Ela colocou-lhe água sobre os cabelos

Louros e arruivados que brilhavam

À luz da vela. “Porque, meu querido,


São um só, a Deusa e a Natureza.

E o seu povo vivia em casas de madeira,

Cobertas com colmo, sobre o relvado

Que ela criara com delicadeza,

Assim como criou a terra inteira.


Por isso, se ela é toda a Natureza,

O seu povo deve idolatrá-la no exterior

Que é, afinal, o seu reino. Assim,

As suas gentes podiam usufruir da beleza

Que ela lhes dera com todo o amor.


E é por isso que não gosto de electricidade.

Porque a Deusa criou o Sol e a Lua

Para nos iluminarem neste mundo escuro.

E não podemos deixar que esta atrocidade

Arrebate as nossas vidas e as polua.


E é por isso que no campo vivemos.

Porque as estrelas ajudam a dar a luz

Que a Lua – e eu não a censuro –

Não pode dar sozinha. Porque podemos,

Observar as figuras que cada estrela produz.


E é por isso que na barulhenta cidade

Não se vêm tantas estrelas como aqui.

Porque a Deusa quer que, como um delfim,

Eu e tu e todas as pessoas vejam a beldade

Que ela criou e usufruamos dela, daqui,


Do campo, da Terra, da Natureza.

Quer seja no poderoso mar,

Ou nas majestosas montanhas,

Ou em qualquer lado onde a sua pureza

Se possa livremente observar.”


O menino acariciou a água fria

Com as suas pequenas mãos claras,

Imaginando o maravilhoso povo antigo,

Cujos ensinamentos a mãe seguia

E que já ouvira dizer serem bárbaras.


Mas a ele, nada disso interessava.

E ele imaginava-os de novo

E imaginava a Deusa e suas façanhas

E ficava embevecido e amava

A sua imagem e a do seu povo.


E a mãe colocava-lhe água sobre os braços,

Arrepiando-o agradavelmente. E ele abraçava-a

E sabia que seria sempre seu amigo.

E na cara dela, via da Deusa os traços

Divinos e imaginava-a na floresta e amava-a.