Tinha saudades tuas, nostalgia, saudades deste entorpecimento nos neurónios que me faz mirar o vazio e tentar perceber no que é que estou a pensar.
Quero dormir e sonhar. Quero sonhar e escrever.
Sinto que tudo é lindo e que tudo é profundo: a tesoura, o brinco com uma pena negra, a lapiseira azul, o candeeiro cuja abajour é um búzio, o isqueiro zip, o abre garrafas metálico, os Ferraris em miniatura.
Apetece-me absorver tudo o que me rodeia.
Quem és tu? O que é uma mente?
Leva-me na brisa, faz-me fluir e flutuar com o fumo branco.
Amo o que magoa. Magoo o que ama.
Eu sou esta descrição. Eu amo a mágoa, porque, por mais que me possa magoar, me alimenta e me dá vida e me dá força.
Não me tireis a minha nostalgia, ó Mundo, nem me tireis a minha gargalhada sarcástica.
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