Sinto-me de férias… Chego a casa e, depois de comer, fecho as cortinas e as luzes todas da sala, tornando-se a luz do monitor a única fonte de luz… Sento-me na cadeira de braços, ponho a música aos berros e limito-me a ficar aqui, inerte e apática, teclando languidamente. Por vezes troco algumas palavras rápidas com a Téh, mas depois distraio-me a ler qualquer coisa na net, relativa aos “Falhados da Vida”, a escritores, a editoras, a civilizações perdidas para sempre, a tempos que não voltarão, à universidade de Coimbra, ao curso de Arqueologia e História, a poetas, às médias, a pintores, a realizadores, a fotógrafos, à História, a doenças neurológicas, entre tantas outras coisas…
Por vezes escrevo uma ou outra página na dezena de histórias inacabadas que jazem nos meus documentos, esperando por aquelas manhãs em que acordo e penso “JÁ SEI!”, para que eu, numa inesperada inspiração Divina, escreva como uma demente até ao fim. Outras vezes pego em tudo aquilo que sinto ou penso e atiro-o contra as teclas com mágoa, raiva ou alegria, dando forma a poemas gramaticalmente mal construídos.
Faço listas de coisas a fazer antes de morrer, coisas a fazer neste 12º ano, coisas a fazer na Universidade, coisas a fazer no próximo Verão…
Ou então, encosto a cabeça contra os velhos dicionários de inglês que estão na prateleira, as letras douradas da lombada brilhando em contraste com o vermelho da encadernação, como se se tratassem de avisos escritos por alguém, que se perderam eternamente, debaixo de uma poça de sangue, que não permita que os leia na integra, e sonho acordada… Sonho com todas os momentos por que já passei e com aqueles pelos quais gostaria de passar… Sonho com pessoas que conheço e que estarão comigo até ao fim, com pessoas que nunca conhecerei, com pessoas que nem sequer existem e sonho com pessoas que conheci e que me foram retiradas pela Lei da Existência… Enquanto isso, acaricio a lombada dos inúmeros volumes da Enciclopédia de História da Arte, que nunca li na totalidade, sentindo as reentrâncias onde sei que se encontram as letras e decorações douradas e azuis céu, e imagino o quão bem estes livros ficarão na prateleira do quarto que me estiver destinado em Coimbra, quando for para a Universidade… Se for para a Universidade…
Depois, alguma voz reconhecida ou algum solo de guitarra mais carismático fazem-me acordar daquela dormência e suspiro pensado “Sonhos e projectos… What’s the freaking difference?” Abro os olhos e percebo que a sala pouco mais iluminada está do que o interior das minhas pálpebras e, tentando sentar-me direita na cadeira, abro as conversas deixadas a meio e escrevo para as pessoas… Ou então abro o livro que pousei anteriormente à minha direita, acendo a luz fluorescente do pequeno candeeiro na minha frente e continuo a leitura interrompida… Ou então arrasto-me lentamente para a sala de estar e atiro-me para o sofá, na tentativa sempre falhada de encontrar algo interessante na televisão durante a tarde…
Serei então uma espécie de vampiro, que se envolve voluntariamente na escuridão, absorto nos versos bonitos de canções ou nos seus próprios pensamentos, deixando-se dominar por uma melancolia mais agradável, por vezes, do que a própria felicidade?
Por vezes escrevo uma ou outra página na dezena de histórias inacabadas que jazem nos meus documentos, esperando por aquelas manhãs em que acordo e penso “JÁ SEI!”, para que eu, numa inesperada inspiração Divina, escreva como uma demente até ao fim. Outras vezes pego em tudo aquilo que sinto ou penso e atiro-o contra as teclas com mágoa, raiva ou alegria, dando forma a poemas gramaticalmente mal construídos.
Faço listas de coisas a fazer antes de morrer, coisas a fazer neste 12º ano, coisas a fazer na Universidade, coisas a fazer no próximo Verão…
Ou então, encosto a cabeça contra os velhos dicionários de inglês que estão na prateleira, as letras douradas da lombada brilhando em contraste com o vermelho da encadernação, como se se tratassem de avisos escritos por alguém, que se perderam eternamente, debaixo de uma poça de sangue, que não permita que os leia na integra, e sonho acordada… Sonho com todas os momentos por que já passei e com aqueles pelos quais gostaria de passar… Sonho com pessoas que conheço e que estarão comigo até ao fim, com pessoas que nunca conhecerei, com pessoas que nem sequer existem e sonho com pessoas que conheci e que me foram retiradas pela Lei da Existência… Enquanto isso, acaricio a lombada dos inúmeros volumes da Enciclopédia de História da Arte, que nunca li na totalidade, sentindo as reentrâncias onde sei que se encontram as letras e decorações douradas e azuis céu, e imagino o quão bem estes livros ficarão na prateleira do quarto que me estiver destinado em Coimbra, quando for para a Universidade… Se for para a Universidade…
Depois, alguma voz reconhecida ou algum solo de guitarra mais carismático fazem-me acordar daquela dormência e suspiro pensado “Sonhos e projectos… What’s the freaking difference?” Abro os olhos e percebo que a sala pouco mais iluminada está do que o interior das minhas pálpebras e, tentando sentar-me direita na cadeira, abro as conversas deixadas a meio e escrevo para as pessoas… Ou então abro o livro que pousei anteriormente à minha direita, acendo a luz fluorescente do pequeno candeeiro na minha frente e continuo a leitura interrompida… Ou então arrasto-me lentamente para a sala de estar e atiro-me para o sofá, na tentativa sempre falhada de encontrar algo interessante na televisão durante a tarde…
Serei então uma espécie de vampiro, que se envolve voluntariamente na escuridão, absorto nos versos bonitos de canções ou nos seus próprios pensamentos, deixando-se dominar por uma melancolia mais agradável, por vezes, do que a própria felicidade?
3 comentários:
"Brilhante"
Linda nao faças ficçao...faz mais disto que acabaste de fazer...foi mto mto bom...
que vunito <3
sim senhora...tavas inspirada...e k tal usares um pouco dessa inspiração para um livrinho an?? hehe mas foi mt bom o k escreveste...amt mtttttttttttttttt
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