Parece que me foi tirada toda a energia
Que uso para tanto conversar…
E neste inconsciente acto de rebeldia
O meu desejo é apenas de pensar.
Sentada nesta sala de aula, aqui parada,
Não sinto vontade nem de rir.
Sinto tudo mas não sinto nada…
Ó Deus, porque tenho de sentir?
Envolvida num transe inconstante,
Pego numa madeixa de cabelo escuro
E analiso-o como se fosse importante,
Sempre com os olhos no futuro
O cheiro que na minha mão ficou,
Embrenhado bem fundo nos meus medos
- Memória de quem comigo se quedou -
Entra em mim, penetrando meus segredos.
Toda a ilusão que vive na minha mente
É visível através de meus olhos castanhos.
Basta que olhem para mim intensamente
E verão todos os espectros estranhos
Que passeiam nos meus pensamentos,
Brincando com eles, brincando comigo,
Criando mil fictícios tormentos
E vencendo quiméricos perigos.
08/11/2007
12:37
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
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