quarta-feira, 10 de outubro de 2007

E Se...

I

E se vos disser que estou cansada?

E se vos disser que quero desaparecer,

Desvanecer-me no ar, livre do que me enfada,

Permanecendo alheia ao que está para acontecer?


E se vos disser que não percebo o que é

Esta vida que nos mata lentamente?

E se vos disser que na minha boa fé

Desejo viver morrendo eternamente?


Viver morrendo, por pior que seja,

Sempre é melhor que nada sentir.

E aquilo por que a minha mente almeja,


Morrer vivendo, viver morrendo, não interessa.

Porque apesar de me dar vontade de desistir,

É na bendita dor que tudo começa.



II

E se te perguntar, totalmente ao acaso,

Algo que me pesa no peito e me desalenta?

Porque não posso voar? Porquê este atraso?

Porque não me dás asas para combater a tormenta?


Porque não me deixas ser como Ícaro,

Usufruir de todas as minhas capacidades

Para nos levar a ambos ao píncaro?

Porque insistes nestas ambiguidades


Que a lugar algum nos vão levar?

Sim, sei que por tentar Ícaro pagou caro…

Mas, ao contrário de ti, pôde afirmar


Que arriscou por aquilo que desejava!

Não continuou afogando-se num desamparo

Com medo de errar por aquilo que amava…

2 comentários:

Anónimo disse...

este poema ta mt bom msm!!!ta simplesmente espectacular!!! gostava d saber onde vais arranjar tanto jeito para os fazer...a inspiração sei k a vais buscar a mim lol bjs amt mtttttttttttt

Anónimo disse...

trés parfait !

cria as tuas próprias asas e voa até longe.