I
E se vos disser que estou cansada?
E se vos disser que quero desaparecer,
Desvanecer-me no ar, livre do que me enfada,
Permanecendo alheia ao que está para acontecer?
E se vos disser que não percebo o que é
Esta vida que nos mata lentamente?
E se vos disser que na minha boa fé
Desejo viver morrendo eternamente?
Viver morrendo, por pior que seja,
Sempre é melhor que nada sentir.
E aquilo por que a minha mente almeja,
Morrer vivendo, viver morrendo, não interessa.
Porque apesar de me dar vontade de desistir,
É na bendita dor que tudo começa.
II
E se te perguntar, totalmente ao acaso,
Algo que me pesa no peito e me desalenta?
Porque não posso voar? Porquê este atraso?
Porque não me dás asas para combater a tormenta?
Porque não me deixas ser como Ícaro,
Usufruir de todas as minhas capacidades
Para nos levar a ambos ao píncaro?
Porque insistes nestas ambiguidades
Que a lugar algum nos vão levar?
Sim, sei que por tentar Ícaro pagou caro…
Mas, ao contrário de ti, pôde afirmar
Que arriscou por aquilo que desejava!
Não continuou afogando-se num desamparo
Com medo de errar por aquilo que amava…
2 comentários:
este poema ta mt bom msm!!!ta simplesmente espectacular!!! gostava d saber onde vais arranjar tanto jeito para os fazer...a inspiração sei k a vais buscar a mim lol bjs amt mtttttttttttt
trés parfait !
cria as tuas próprias asas e voa até longe.
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